COTAS RACIAIS JÁ!
A desigualdade no Brasil é um fator que abrange desde o setor econômico até o social, excepcionalmente no que tange a educação e as oportunidades. Essa situação é exemplificada com mais da metade da população brasileira ser composta por negros e pardos e que ainda sendo maioria, torna-se minoria em espaços ou cargos de relevância social.
Quando tratamos de um ambiente de ensino superior os dados são ainda mais discrepantes, o que reflete a diferença no nível de escolaridade da população. Nesse sentido, surgem as cotas raciais, como uma forma de dirimir as disparidades econômicas, sociais e educacionais entre as pessoas de diferentes etnias raciais.
Essas ações afirmativas podem existir em diversos meios, mas a sua obrigatoriedade é mais notada no setor público - como no ingresso nas universidades, concursos públicos e bancos. Entretanto, na Escola Superior de Ciências da Saúde, as cotas raciais ainda não existem, o que causa um embranquecimento das turmas e da faculdade, onde o histórico se repete desde sua criação, onde geralmente menos de 20% das turmas são formadas por pessoas pretas.
Por este motivo, o Centro Acadêmico de Enfermagem da ESCS inicia uma nova tradição no ano de 2021, este espaço em nosso site será utilizado como forma de memorial, para sempre lembrarmos as desigualdades raciais e principalmente, para que o assunto ganhe mais visibilidade e espaços para debates em nossa faculdade.
Turma IX (2017-2020)
A turma IX é formada por 55 estudantes e apenas 13 são negras (os), o que corresponde à 23,63%.